
Depois de ter acabado aquele que foi e, muito provavelmente será, o melhor livro deste ano, fiquei a pensar numa das temáticas que este aborda: a comparação.
É inevitável compararmos o mundo. É uma das ferramentas que usamos para transmitir opiniões, para exprimir desejos, para mostrar visões.
Neste livro a protagonista, de que nunca chegamos a saber o nome, é confrontada com uma mudança súbita na vida: É pedida em casamento pelo viúvo Maxim de Winter e toda a sua vida passa a ser de adaptação a um estilo que não conhece. Tímida e recatada, vê-se constantemente comparada à antiga residente: Rebecca.
Rebecca era mais bonita
Rebecca era mais social
Rebecca encantava tudo e todos
Rebecca amava o seu marido
Rebecca quase que parece viva, tal a exultação feita.
Isto acontece também na vida real, não só nos romances. Por vezes, até mesmo inevitavelmente, deparamo-nos numa situação em que temos de substituir alguém, tanto em termos amorosos, como no trabalho, nas amizades..
Como já disse, a comparação é inata, mas isso não deve prejudicar a visão que temos de uma determinada pessoa. Não deve toldar-nos a visão, pois assim veremos apenas as faltas da pessoa em questão, e não aquilo em que é melhor, as suas qualidades naturais.
"Everybody talks bad about somebody
And never realises how it affects somebody"